Em prenúncio de acordo, França e Haddad trocam amabilidades

Márcio França e Fernando Haddad || Crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação PT

Mas a julgar pelo histórico do PT, abandono de candidatura de ex-prefeito paulistano ao Bandeirantes em 2022 em prol de candidato do PSB pode ser quimera

Foi o jornalista e consultor político Thomas Traumann que pescou no Twitter e teceu o comentário: “Love is in the air”.

Em sua conta no Twitter, o ex-vice governador paulista (e governador por alguns meses) Márcio França (PSB) elogiou o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e cobrou que a imprensa “dê o mesmo destaque” à notícia de que o inquérito aberto contra o ex-prefeito por corrupção passiva, foi arquivado por falta de provas.

“Haddad é um homem idôneo . É dever de TODA a imprensa, publicar com o MESMO destaque que fez na época,ao acusá-lo como suspeito, que o próprio MP concluiu ARQUIVAR o inquérito contra ele . Honra não prescreve!”

Haddad compareceu na postagem e foi afetuoso: “Querido Márcio, temos a tarefa de colocar o país nos eixos. Muito obrigado pelo carinho.”

A troca de amabilidades se inscreve no arranjo mágico especulado pelo grupo de Lula, que tem em Geraldo Alckmin seu nome para vice-presidente; e o Sancho Pança de Alckmin, Márcio França, como candidato ao Bandeirantes; nessa composição, Haddad abandona esse pleito para tentar a vaga solitária de São Paulo ao Senado em 2022.

Esse é o melhor dos mundos (não exatamente para Haddad), mas primeiro é preciso combinar com os russos, ou melhor, com os próprios petistas. Um grupo rumoroso liderado pelo ex-presidente nacional da sigla Rui Falcão já começou a bombardear o nome de Alckmin.

Nessas, Márcio acaba por virar o Ciro Gomes de Haddad.