Powell diz explicitamente que “inflação alta” é ameaça; juro deve subir

Jerome Powell || Crédito: Federal Reserve

Presidente do Federal Reserve prognostica subida da taxa em 2022, o que deve reter o capital financeiro por lá e aumentar a distância de mercados como o Brasil

Não é segredo para ninguém que a inflação se tornou um problema para os Estados Unidos neste pós-Covid de quebra de cadeias de suprimento e de dólares aos trilhões irrigando a economia.

Mas na hora em que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirma com todas as letras que, sim, a inflação é um problema, aí o mundo já pode vir abaixo. Com a subida da taxa de juros nos Estados Unidos já prognosticada para 2022, a tendência é o capital financeiro internacional ficar por ali mesmo, preferindo um jurinho baixo num mercado confiável a ups and downs no Brasil ou em outros países emergentes.

Powell disse na quarta-feira (15) que as principais ameaças para a volta do pleno emprego nos Estados Unidos são a “inflação alta” e a Covid-19. “O que precisamos é outra longa expansão, como a que vimos tendo nos últimos 40 anos.”

O chefe do “BC” norte-americano previu que a taxa de juros chegue a 0,9% em 2022. Desde março de 2020 ela tangencia o zero.