Da terceira geração da família mais tradicional da política brasiliense, Joaquim Roriz Neto deixou o Pros e caminha rumo ao PL de Valdemar Costa Neto. Eles se reuniram semana passada, quando Valdemar esteve em Brasília para falar sobre outra célebre filiação: a do presidente Jair Bolsonaro, tema sobre o qual, como diria a filosofia grega, suspendeu-se o juízo.
O jovem é neto do ex-governador Joaquim Roriz, morto em 2018, responsável por mudanças emblemáticas no DF, como a construção de bairros como Jardim Roriz e da Ponte JK, que liga o Lago Sul à Asa Sul. Rorizão, como ficou conhecido o patriarca, conseguiu eleger as duas filhas como deputadas distritais, mas Jaqueline e Liliane tiveram os direitos cassados por ilícitos eleitorais.
Básico.
Joaquim Roriz Neto é filho de Jaqueline, que livrou-se da condenação quando o crime prescreveu. Ela, no entanto, prefere não voltar para a política e hoje se dedica, ao lado da mãe, Weslian, às fazendas da família.
Embora Joaquim seja a aposta da família em uma tentativa de retorno ao poder, ele vai começar pequeno: será um dos candidatos à Câmara Legislativa do DF. Inexperiência, como se viu em 2010, só trouxe vergonha ao clã: com os direitos políticos cassados, Rorizão jogou a própria mulher aos leões e registrou a candidatura de Dona Weslian para o governo do DF. Um fiasco.
Mas a situação embaraçosa não preocupa o PL, que tem coisas mais urgentes para resolver, como a filiação de Jair Bolsonaro.
Para tentar salvar o que puder, a ministra-chefe da secretaria de Governo, Flávia Arruda, foi chamada.