Em acordo com o PL, Romário assume presidência do Senado – por dois dias úteis

Romário || Crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

Dizendo-se “um negro, um lutador, um cara que veio da favela, um brasileiro em sua melhor essência”, “Baixinho” substitui Rodrigo Pacheco e Veneziano, que declinou

Desde que trocou a camisa 11 da Seleção Brasileira pelo terno e o trabalho legislativo em Brasília, primeiro como deputado federal, agora como senador, Romário (PL-RJ) nunca teve um papel tão importante quanto agora, ao menos simbolicamente, em que  assume a presidência do Senado Federal.

A coisa toda dura dois dias úteis, a partir desta quinta (11), enquanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG) circula pela Europa, primeiro por Glasgow, na COP-26, e agora em Lisboa, mas está valendo.

Romário é o segundo vice-presidente da Casa, e só assume estes dias porque o primeiro “vp”, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), abriu mão do cargo,  em acordo informal para privilegiar o PL.

Nos bastidores, comenta-se que uma das justificativas para a escolha de Romário é a fragilidade das pautas que precisam ser analisadas. Entre elas estão o projeto de créditos suplementares para o Executivo e o Judiciário e a definição da verba para o Auxílio Brasil via PLN 23/2021.

O gabinete do senador Romário confirmou a PODER Online que “houve um acordo para ele assumir a presidência no lugar de Veneziano”, sem declinar outros detalhes. O gabinete de Veneziano foi procurado, mas não respondeu aos telefonemas.

Nesta quarta-feira (10) à noite, Romário fez um vídeo para a TV Senado lembrando sua origem humilde e afirmando ser o primeiro senador negro a assumir a presidência da Casa.

“Nada mais simbólico que no mês da Consciência Negra [que eu] assuma a cadeira de presidente desse parlamento, um negro, um lutador, um cara que veio da favela, um brasileiro em sua melhor essência.”