Desde que trocou a camisa 11 da Seleção Brasileira pelo terno e o trabalho legislativo em Brasília, primeiro como deputado federal, agora como senador, Romário (PL-RJ) nunca teve um papel tão importante quanto agora, ao menos simbolicamente, em que assume a presidência do Senado Federal.
A coisa toda dura dois dias úteis, a partir desta quinta (11), enquanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG) circula pela Europa, primeiro por Glasgow, na COP-26, e agora em Lisboa, mas está valendo.
Romário é o segundo vice-presidente da Casa, e só assume estes dias porque o primeiro “vp”, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), abriu mão do cargo, em acordo informal para privilegiar o PL.
Nos bastidores, comenta-se que uma das justificativas para a escolha de Romário é a fragilidade das pautas que precisam ser analisadas. Entre elas estão o projeto de créditos suplementares para o Executivo e o Judiciário e a definição da verba para o Auxílio Brasil via PLN 23/2021.
O gabinete do senador Romário confirmou a PODER Online que “houve um acordo para ele assumir a presidência no lugar de Veneziano”, sem declinar outros detalhes. O gabinete de Veneziano foi procurado, mas não respondeu aos telefonemas.
Nesta quarta-feira (10) à noite, Romário fez um vídeo para a TV Senado lembrando sua origem humilde e afirmando ser o primeiro senador negro a assumir a presidência da Casa.
“Nada mais simbólico que no mês da Consciência Negra [que eu] assuma a cadeira de presidente desse parlamento, um negro, um lutador, um cara que veio da favela, um brasileiro em sua melhor essência.”
Confira meu discurso completo na sessão do Senado de hoje.
Aproveito essa ocasião para agradecer, mais uma vez, a Papai do Céu e também ao povo carioca que me colocou aqui. pic.twitter.com/8rumtrgXgu
— Romário (@RomarioOnze) November 10, 2021