Possível presidenciável, Moro murcha entre seus pares

Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom /Agência Brasil

Ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e quem sabe futuro ex-consultor de empresa com clientes envolvidos em casos de corrupção que ele mesmo julgou, Sergio Moro perde popularidade na magistocracia

Aprovado em 2019 pelo Congresso, o PL 7596/17, que freava atividades de magistrados enquadrando-as como abuso de autoridade, fez barulho nos tribunais de Justiça brasileiros. Juízes foram às ruas dizer que o projeto faria com que os magistrados se tornassem “burocratas amedrontados” e resultou até em manifestação em frente ao palácio do Planalto.

Um dos argumentos dos membros do Judiciário era que, se fosse aprovado, o projeto jamais permitiria que houvesse outro juiz como Sergio Moro – naquela época isso parecia ser um problema.

Num encontro entre advogados, nesta segunda-feira (4), o assunto voltou às rodas de conversa. Cotado para ser candidato pelo Podemos à presidência da República em 2018, Moro é hoje figura radioativa entre seus pares por conta das coisas do arco da velha reveladas no escândalo da Vaza Jato.

Usou toda a liberdade que tinha para politizar o Judiciário, como observaram os convivas. E, foi consenso, um dos grandes acertos do Congresso em 2019 foi a aprovação do PL que definiu abuso de autoridade.