Desidratação de Mendonça energiza Ives e Noronha

André Mendonça, João Otávio de Noronha e Ives Gandra Martins Filho || Crédito: Isac Nóbrega/PR/Emerson Leal/STJ/Agência Senado

Esquecido no frenesi de Brasília, indicação de ex-AGU para vaga de Marco Aurélio Mello no STF perde octanagem e excita pleiteantes do TST e do STJ

Na crônica surrealista que é o dia a dia do governo Bolsonaro, um componente que os acontecimentos momentosos de setembro insistem em eclipsar é a indicação para o STF do ex-AGU André Mendonça.

Como o Executivo pode sustentar uma indicação ao STF com o nível de ataques que desfere à Corte é coisa de se pensar.

Mendonça já enfrenta resistências per si, mas diante dos mimos que Bolsonaro desfere dia sim, dia sim – “canalhas”, “penetração na urnas” etc.  – o governo foi aconselhado a pensar num plano B..

Desde o começo de agosto que Marco Aurélio Mello pegou o boné por atingir a idade da aposentadoria compulsória, e o Supremo não pode abrir mão de 1/11 avos de seu efetivo, sob pena de ficar pendurado numa muralha de processos por decidir.

Para ser aprovado para o STF, qualquer indicação a ministro do Executivo tem de ser chancelada pelo Senado, e a Casa Alta quer empurrar o negócio com a barriga.

PODER Online conversou com alguns parlamentares, que garantem: o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho e o ministro do STJ João Otávio de Noronha ainda têm esperanças numa possível indicação.