A retomada do controle do Afeganistão pela milícia Taleban é um tragédia anunciada para o mundo e uma catástrofe para as mulheres afegãs, em particular.
O regime radical islâmico impõe severas restrições às mulheres, impedindo-as de frequentar escolas já no começo da adolescência e obrigando-as a servir como esposas – ou algo que o valha – aos guerrilheiros da milícia.
A ativista paquistanesa e ganhadora do prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, manifestou sua perplexidade no Twitter: “Assistimos em completo choque enquanto o Taleban toma o controle do Afeganistão. Estou tremendamente preocupada com as mulheres, as minorias e os ativistas de direitos humanos da região”.
“Poderes globais, locais e nacionais devem pedir imediato cessar-fogo, prover auxílio humanitário urgente e proteger refugiados e moradores.”
Malala tem como ninguém o chamado “lugar de fala”, pois sofreu um atentado e esteve à beira da morte por chamar atenção para a educação em região também controlada pelo Taleban, ainda que no Paquistão.
Nesta segunda (16), cenas terríveis de Kabul mostram a tentativa de decolagem de um avião norte-americano que foi ao Afeganistão resgatar funcionários desse país. Na pista, durante o taxeamento, uma multidão tenta se agarrar à nave.
Kabul, capital afegã com 6 milhões de habitantes, capitulou sem resistência à milícia neste domingo (15).
Caos no aeroporto de Cabul, capital afegã, pela milícia Taleban 😰😮 pic.twitter.com/3cDvskDwcE
— Revista Poder (@_PoderOnline) August 16, 2021