O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, assinou nesta sexta (14) sua filiação ao PSDB. Além da nova baixa no DEM, que recentemente perdeu o prefeito carioca Eduardo Paes e vê o deputado carioca Rodrigo Maia no vai-não-vai, o movimento reforça os planos de sucessão do governador paulista, João Doria.
Só não se sabe, ainda, para qual sucessão.
Se Doria é o gestor, Garcia é o político. Trabalhou com Covas, foi por oito anos secretário de Alckmin, presidiu a Assembleia Legislativa paulista (Alesp) e, como secretário de Governo de São Paulo, vem cumprindo função eminentemente política. “O governo é ele”, disse uma fonte próxima do palácio dos Bandeirantes a PODER Online.
Garcia escolheu o jornal O Estado de S.Paulo como vitrine nesta sexta (14) e reforçar uma mensagem que se identifica com a de Doria quase univocamente. Defendeu prévias presidenciais em 2021 e estaduais em 2020, disse que a vacina será o grande ativo do governador na campanha e não queimou pontes com o DEM, embora o partido para quem Doria vem lançando o anzol seja o PMDB.
No ato da filiação, ele enalteceu o ex-governador Geraldo Alckmin, que pode ser seu próprio concorrente em 2022, caso Doria concorra mesmo ao Planalto e Garcia, ao Bandeirantes.
Nesse caso, Alckmin teria que procurar espaço em outra sigla.
“Anytime”, parece que sussurou aqui nos nossos ouvidos Gilberto Kassab.