Alberto Fernández

Alberto Fernandez || Crédito: Casa Rosada

Presidente argentino amplia restrições de circulação por conta da Covid-19 e sofre oposição do prefeito de Buenos Aires, favorável a maior relaxamento; situação é o reflexo invertido do Brasil

A Argentina é o espelho do Brasil na crise da Covid-19.

Só que reflete tudo ao contrário. Ali o negacionismo não é presidencial, mas dos entes subnacionais.

Alberto Fernández, o presidente, adotou um lockdown rígido em 2020, a par com as indicações da ciência e com o exemplo dos países europeus. Mas sem vacina, que só chegou em dezembro, e com mutações vindo de lugares como o Brasil, as medidas tiveram de ser perenizadas.

Nesta sexta-feira (30), o presidente estendeu por mais três semanas o toque de recolher e outras medidas rígidas de circulação nas chamadas “áreas de alto risco epidemiológico”, como a região metropolitana de Buenos Aires.

Fernández, que cabalou popularidade com a resposta firme em 2020, vê agora seus índices desmancharem à medida que os argentinos se entediam com a infinda quarentena.

Além disso, enfrenta oposição do prefeito de Buenos Aires, onde vive 1/3 da população do país, que não acatou a medida da suspensão de aulas e é o principal foco de conflito entre os poderes no país.

Por conta da dissidência do prefeito Horacio Larreta, Fernández que agora expandir seus poderes no Congresso.

“Necessitamos de uma redução de casos mais sustentada. Pelos contágios que tivemos e pelos de agora, as próximas semanas podem chegar a ser muito duras na ocupação de leitos”, disse.