O gabinete 24 da Ala Teotônio Vilela, no anexo 2 do Senado Federal, está uma loucura. É de lá que vai sair o “discurso de vitória” de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), favorito para levar a presidência do Senado nas eleições de logo menos desta segunda-feira (1º).
Não há muitos detalhes sobre o documento, mas a equipe de comunicação está lembrando a trajetória política de Pacheco, estreante no Senado, mas ex-deputado com participações importantes na Câmara, como a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) durante a gestão Temer.
A ideia é acalmar os ânimos, não focar no governo e tentar rejuvenescer o Senado, uma casa tradicionalmente velha e mais resistente a mudanças.
Nos bastidores, aliados do governo dizem que a missão de Pacheco é viabilizar o impeachment de um dos ministros do STF para demonstrar lealdade a Jair Bolsonaro.
Resta saber o que um congressista que se viabilizou na vida pública após ser advogado de uma tradicional banca constitucionalista mineira tem de fazer para dar sustentação jurídica para isso.
First things first: primeiro a eleição, depois o impeachment.
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Atualização: com 57 votos favoráveis, Rodrigo Pacheco foi eleito presidente do Senado para o próximo biênio. Simone Tebet (MDB) teve 21 votos, e os dois outros postulantes ao cargo, Major Olímpio e Jorge Kajuru, renunciaram às candidaturas durante o processo e anunciaram voto em Tebet. Não rolou.