SABER SE VENDER É ESSENCIAL

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Por Carolina Dostal*

Já aconteceu de conhecer profissionais que fazem a mesma coisa que você, mas por “se venderem bem”, trabalharem seu marketing pessoal, acabaram ficando com as melhores vagas, conseguindo promoções e destaques em suas carreiras?

A fórmula desse sucesso é muito simples. Essas pessoas, consciente ou inconscientemente, aprenderam a unir dois conceitos bem básicos: personal branding + marketing pessoal.

Personal branding tem a ver com tudo que você oferece de valor para o mundo e o que lhe torna único; enquanto o marketing pessoal tem a ver com estratégias e ações para que você possa se tornar visível, de uma determinada maneira, e para um público específico da sociedade. Nesse contexto, incluímos um ingrediente especial que são as redes sociais, capazes hoje de criar “deuses e demônios”.

O crescimento dessas redes tem relação direta com a expansão dos celulares. Hoje, no Brasil, existem mais smartphones (234 milhões) do que gente (210 milhões); e cerca de 99% dos usuários desses aparelhos acessam as redes sociais todos os dias. Esse fenômeno não acontece só aqui e pode ser observado no mundo, já que 3 bilhões de pessoas usam a internet para acessar as redes sociais.

Só no LinkedIn, a maior rede social profissional (e a minha rede favorita), existem mais de 722 milhões de usuários no mundo, sendo 47 milhões no Brasil. Todos esses números reafirmam a necessidade cada vez maior de inteligência e estratégia para se comunicar bem, sobretudo no meio digital.

Por isso, a palavra da moda é “intencionalidade”. Precisamos jogar com os algoritmos. Não tem jeito! Estamos em uma fase mais avançada. Não basta mais apenas “ser”, temos que, principalmente, “aparecer” e o algoritmo das redes também precisa nos detectar. Projetar sua marca pessoal tornou-se uma necessidade caso você não queria “virar pó” e cair no esquecimento profissional.

A construção dessa marca pessoal pode ser trabalhada de diversas maneiras, mas, primeiramente, através da geração de conteúdo genuíno sobre sua área de atuação. Em paralelo, também é importante que a comunicação não seja de mão única, como explica o economista Ricardo Amorim: “Além de falar, as marcas têm de ouvir. Nas redes sociais, as pessoas não querem apenas falar com marcas, querem conversar com pessoas que representem essas marcas”. Isso significa que precisamos nos dedicar a interagir, tanto quanto deixar nossas próprias impressões.

Um perfil bem trabalhado no LinkedIn é uma ótima forma de começar a trabalhar sua marca pessoal e, consequentemente, sua carreira – seja como empresário, herdeiro, executivo ou empreendedor. O que importa é começar logo! A criação de marca é o que mais gera valor ao seu produto, negócio ou serviço. E, como defende o investidor Warren Buffett, é o que te protege em relação à rentabilidade, pois as pessoas estão dispostas a pagar mais por uma marca que represente algo.

Se você buscar seu nome no Google, vai ficar feliz com os resultados? Se a resposta for não, é importante dedicar parte do seu tempo para mudar esse cenário ou contratar alguém para te ajudar com isso. Mas não deixe de fazer! Como diz Jeff Bezos, “sua marca pessoal é o que as pessoas dizem sobre você, quando você não está na sala”.

*Carolina Dostal é professora de marketing e estratégias da ESPM, especialista em elaboração e remodelagem de perfil LinkedIn para profissionais de diversos setores ajudando-os a se destacar na maior rede profissional do mundo