Praticamente desconhecido no primeiro escalão do Judiciário, o juiz nascido em Santos (SP) Mirko Giannotte, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), tem ganhado corpo na disputa à vaga do ministro Marco Aurélio Mello, no Supremo Tribunal Federal.
Mello deixa o tribunal, por atingir a idade da aposentadoria compulsória, no começo de julho.
Giannotte é evangélico e contra o aborto, duas características que agradam o presidente da República, a quem cabe a indicação, e por isso talvez sejam atributos hoje mais importantes do que o “notório saber jurídico”, o yadayada juridiquês que é o principal pré-requisito para virar ministro do STF em tempos de “instituições funcionando”.
Curiosamente, o juiz tem formado uma equipe de comunicação para ficar relativamente incógnito e se blindar de eventuais ataques na imprensa e nas redes sociais. Suas contas andam leves: no Instagram o juiz não tem nem mil seguidores e a do Facebook foi suspensa pelo próprio usuário.
A fim de ganhar espaço no STF, a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) endossa o nome do colega. Mirko foi presidente da entidade por dois triênios e hoje ocupa a cadeira de presidente do conselho da Anamages.