O Centrão, com seu apetite insaciável por cargos na administração pública, tem ironizado pelas costas o governo que tenta controlar.
Integrantes da agremiação suprapartidária adesista deram origem ao termo “bolsopetismo” ao falar sobre a promessa de combate à corrupção de Jair Bolsonaro e destacar ideias do Planalto que dão ainda mais privilégios ao setor público.
Existe até uma foto de Bolsonaro prometendo “acabar com a mamata” e, na sequência, assinando o projeto que permite ao servidor público acumular remunerações – o tal teto duplo do funcionalismo.
É que hoje servidores de carreira até podem acumular função, mas têm de receber o valor máximo de R$ 39 mil (equiparando-se à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal) nos dois trabalhos. Isso vale para os aposentados.
Com a nova regra, cada uma das atividades estará sujeita aos cortes individualmente, proporcionando salários de até R$ 78 mil.
Para o Centrão, que busca espaço nas urnas no ano que vem, trata-se de uma estratégia e tanto para dizer que Bolsonaro e o PT são exatamente a mesma coisa.