Em seu quarto mandato como governador do Piauí, Wellington Dias (PT) disputa com seus colegas de partido, Rui Costa, da Bahia, e Camilo Santana, do Ceará, o título de governador petista mais moderado – e possivelmente mais sensato –, algo bastante demandado num momento em que as ondas vindas de Brasília estão bem longe da moderação e da sensatez.
Dias vem assumindo protagonismo nacional como o principal porta-voz de boa parte dos chefes de estados na discussão com o governo federal sobre a estratégia (ou a falta de) da campanha nacional de imunização contra a Covid-19.
Ele foi o articulador de uma carta subscrita por 22 governadores que propõe um pacto nacional de enfrentamento à crise sanitária. O piauiense sugere que todos os estados estabeleçam as mesmas medidas restritivas, e durante o mesmo período, para que as ações tenham efetividade.
Dias também é presidente do consórcio de governadores do Nordeste, primeira aliança de entes federados, feita ainda no começo da pandemia. Até recentemente, o coordenador científico do consórcio era o neurocientista Miguel Nicolelis.
O jornal Estado de S.Paulo também afirma que o petista assumiu mais uma função política, ao se tornar o elo de ligação entre Lula, que voltou ao tabuleiro político semana passada, com os governadores do PSDB João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS).
“É hora de dar os braços ao João Doria, ao Eduardo Leite, independente de 2022. É a hora de os líderes demonstrarem grandeza”, disse Dias ao “Estadão”.