Entenda quais itens puxaram a inflação

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Foto: Reprodução/Freepik (@rawpixel.com)

A inflação registrou uma forte alta em fevereiro e atingiu 1,31%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior avanço mensal desde abril de 2022. O principal responsável pelo aumento foi o reajuste na energia elétrica, que subiu expressivos 16,8% no período.

Energia elétrica e mensalidades escolares impulsionam alta

A disparada na conta de luz ocorreu devido ao fim do Bônus de Itaipu, um desconto aplicado nas tarifas de janeiro. Sem esse benefício, os consumidores enfrentaram um reajuste significativo em fevereiro.

Além da energia elétrica, os gastos com educação também tiveram um impacto relevante no índice de preços. As mensalidades escolares subiram, em média, 4,7%, refletindo os reajustes comuns no início do ano letivo. Esse aumento sozinho foi responsável por um acréscimo de 0,28 ponto percentual no índice geral.

Combustíveis continuam pressionando a inflação

Os combustíveis também tiveram um impacto expressivo na inflação de fevereiro. O reajuste no ICMS fez os preços avançarem 2,89% no mês. A gasolina, que subiu 2,93%, foi o segundo maior responsável pelo aumento da inflação, contribuindo com 0,14 ponto percentual no índice.

O único combustível que apresentou queda foi o gás veicular, com redução de 0,52%. No entanto, esse recuo foi insuficiente para compensar as altas registradas nos demais produtos da categoria.

Alimentação tem desaceleração, mas café e ovos ficam mais caros

Diferentemente de janeiro, os preços do setor de alimentação e bebidas subiram menos em fevereiro, registrando uma variação de 0,7%. Alguns produtos, como batata-inglesa (-4,1%), arroz (-1,61%) e leite longa vida (-1,04%), tiveram queda nos preços e ajudaram a conter o avanço da inflação.

Por outro lado, o café seguiu em alta devido a problemas na safra, enquanto os ovos ficaram mais caros por conta do aumento na exportação, impulsionado por surtos de gripe aviária nos Estados Unidos. Além disso, o forte calor afetou a produção, reduzindo a oferta e elevando os preços no mercado interno.