Até a semana passada, o MDB era o destino provável de Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo suas próprias declarações. Mas com a anulação das condenações de Lula no STF, segunda (8), e a celebrada entrevista do ex-presidente dois dias depois, em performance que fez até Jair Bolsonaro usar máscara naquela tarde, o cenário mudou.
Mesmo com o liberalismo sem peias de Maia, o demista estuda agora ingressar no PT.
O mais surpreendente: haveria interesse recíproco.
O PT poderia estar interessado em aproveitar o que sobrou da imagem de Rodrigo Maia, que saiu queimado da presidência da Câmara, mas tem bagagem importante como articulador e ainda mais como o mais longevo chefe da Casa.
Além disso, ano passado, ele conseguiu se notabilizar por vencer a inacreditável inação presidencial na concessão do auxílio emergencial e se tornou o principal responsável pela criação do dispositivo.
Nesta quarta (17), uma reunião convocada pelos diretórios do PT em Brasília e São Paulo promete dar andamento à conversa.
Uma vez definido o posicionamento, o MDB deverá se organizar para uma contraproposta. Ou não.