Zé Dirceu faz massagens relaxantes semanais enquanto espera recursos

José Dirceu || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-deputado condenado por corrupção e mulher investem em drenagem e prática relaxante; cardeal do PT espera decisão sobre recursos na Lava jato

Duas vezes por semana, as manhãs do advogado, ex-ministro e ex-deputado petista José Dirceu e de sua mulher, Simone Tristão, são dedicadas ao relaxamento. O casal faz massagem em casa, no Setor Sudoeste, em Brasília, para manter a forma física e a cabeça no lugar.

Dirceu e Simone contratam o serviço personalizado por R$ 200 a sessão, ou seja, R$ 400 o casal. Pagam sempre em cash. O ex-grão-mestre do PT, que foi condenado no escândalo da Lava Jato a 32 anos de prisão e espera julgamento de seus recursos, se entrega aos prazeres da massagem relaxante, enquanto Simone opta pela drenagem.

A desculpa para o pagamento em dinheiro, segundo pessoas próximas à família, é que Dirceu seria “vendedor de livros”. E que, por isso, teria muita liquidez em casa.

Zé Dirceu ficou preso algumas temporadas. De 2013 a 2016 cumpriu pena por corrupção ativa no escândalo do Mensalão petista, ficando um ano preso numa penitenciária em Brasília e os dois seguintes detido em prisão domiciliar.

Em 2019, ficou cerca de cinco meses preso em Curitiba, condenado nas instâncias inferiores no âmbito da Lava Jato.

As cifras envolvendo o ex-cardeal do PT são altas: em 2016, ele disse ao fisco ter ganhado R$ 40 milhões prestando consultorias. Em 2018, a Justiça determinou que ele devolvesse R$ 90 mi aos cofres públicos após ser condenado no âmbito da Lava-Jato. Um ano depois, em 2019, ele teve bens leiloados para o pagamento de dívidas. O valor total foi de R$ 11 milhões.

É aquela história: está falido do jeito que os ricos ficam falidos no Brasil. Não falta vinho francês à mesa e nem massagem em casa, às terças e quintas.