
O custo do frete rodoviário no Brasil começou o ano em alta e a tendência é de novos reajustes nos próximos meses. Em janeiro, o preço médio por quilômetro rodado chegou a R$ 6,97, marcando um aumento de 2,35% em relação a dezembro. O principal responsável por essa alta foi o encarecimento do diesel, que registrou aumento de 0,48% no mês passado.
Diesel mais caro e impostos pressionam setor
Com o início de fevereiro, os caminhoneiros enfrentam um cenário ainda mais desafiador. Além da alta do diesel comum e do tipo S-10, que subiram respectivamente 0,48% e 0,64%, o setor também sofre com o impacto de novas alíquotas do ICMS.
Outro fator que pesa no bolso dos transportadores é o reajuste da Petrobras, que aumentou o preço do diesel em R$ 0,22 por litro no início do mês. Essas mudanças afetam diretamente os custos de operação e devem ser repassadas para os fretes, gerando impacto em toda a cadeia logística.
Demanda do agronegócio pode aumentar pressão nos preços
Além do aumento dos custos, o setor enfrenta outro desafio: o aumento da demanda no agronegócio. O atraso na safra de 2025 deve concentrar o escoamento da produção agrícola em um período mais curto, elevando a procura por transporte de cargas. Com mais pedidos e um custo operacional maior, o valor do frete tende a subir ainda mais nas próximas semanas.
Taxa de juros também encarece transporte
Outro elemento que influencia o aumento do frete é a política monetária. A taxa Selic elevada torna o crédito mais caro, impactando o financiamento de caminhões e o custo de insumos essenciais, como pneus e manutenção.
Especialistas do setor avaliam que, caso o cenário de alta dos combustíveis e impostos continue, o frete pode seguir subindo ao longo do ano, afetando desde os caminhoneiros autônomos até grandes transportadoras.
Impacto pode ser sentido no preço de mercadorias
Com o transporte mais caro, os impactos podem chegar diretamente ao consumidor. Setores como alimentos, eletrodomésticos e vestuário podem registrar aumentos nos preços, já que a maior parte da logística no Brasil depende de rodovias.