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Com o envelhecimento, a produção de colágeno diminui, o que justifica a busca por suplementos dessa proteína. Mas será que eles realmente funcionam?
“De fato, a partir dos 30 anos, nossa capacidade de produção de colágeno reduz gradativamente. Nesse sentido, a suplementação pode trazer benefícios não apenas para a pele, mas também para cartilagens e articulações, conferindo maior resistência a esses tecidos”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A farmacêutica Maria Aparecida Mariosa, executiva do Núcleo de Nutrição da Biotec, reforça que há evidências científicas da eficácia do colágeno como tratamento coadjuvante em diversas condições dermatológicas. “Ele melhora a estrutura da derme, refletindo na espessura, elasticidade e hidratação da pele. Seu uso contínuo tem se mostrado positivo para minimizar os sinais do envelhecimento.”
No entanto, a suplementação precisa ser bem planejada. “Com o tempo, além da menor produção natural de colágeno, também há uma redução no aporte proteico e nos níveis adequados de vitamina C, essenciais para sua síntese. Por isso, os suplementos são recomendados. Mas, se consumidos de forma inadequada ou excessiva, sem acompanhamento médico, podem sobrecarregar o organismo, especialmente em pessoas com disfunções renais ou metabólicas”, alerta a Dra. Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
A seguir, especialistas explicam cinco estratégias para que o colágeno oral realmente funcione:
1. Escolha a forma correta
O colágeno é uma macromolécula que, em sua forma convencional, não é absorvida pelo organismo. Por isso, a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ressalta a importância de optar por colágeno na forma de peptídeos.
“O colágeno em pó ou hidrolisado é formado por pequenas moléculas obtidas a partir da degradação enzimática de colágenos de origem animal, como bovinos, frangos ou frutos do mar. Esse processo fragmenta proteínas maiores em peptídeos bioativos, que são mais facilmente absorvidos pelo intestino e transportados pela corrente sanguínea para a pele, articulações e outros tecidos conectivos”, explica a dermatologista Dra. Flávia Brasileiro.
2. Aposte nos precursores de colágeno
A farmacêutica Patrícia França, gestora científica da Biotec, destaca a importância de diferenciar colágeno hidrolisado, peptídeos de colágeno e precursores de colágeno.
“O colágeno hidrolisado passa por um processo de fragmentação que facilita sua absorção, com dosagem recomendada de 10 g/dia. Já os peptídeos de colágeno são ainda mais fragmentados, sendo absorvidos com mais facilidade – a dose ideal varia entre 2,5 e 5 g/dia.”
Para potencializar os efeitos do colágeno, os precursores são fundamentais. “Eles são compostos por aminoácidos, vitaminas e minerais que estimulam a produção natural de colágeno no organismo. Um exemplo é o Exsynutriment®, que aumenta a atividade das enzimas responsáveis pela produção de colágeno tipo I e elastina”, explica Patrícia.
A Dra. Marcella Garcez complementa que a vitamina C é essencial nesse processo. “Ela permite a hidroxilação dos aminoácidos, promovendo a organização das fibras de colágeno.”
3. Atenção à dosagem
A dose inadequada pode comprometer os resultados. “Estudos indicam que a ingestão diária de 2,5 a 10 gramas de peptídeos de colágeno hidrolisado é eficaz. A maioria das pesquisas avalia os benefícios em períodos de 8 a 12 semanas, mas alguns resultados podem ser notados a partir de 30 dias de uso contínuo”, destaca a Dra. Flávia Brasileiro.
4. Associe a suplementação a procedimentos estéticos
“A suplementação de colágeno pode ser potencializada com tratamentos que estimulam sua produção, como ultrassom microfocado e injetáveis”, sugere a Dra. Claudia Marçal.
A Dra. Flávia Brasileiro destaca que produtos como o Prophilo, um ácido hialurônico injetável, ajudam a melhorar a hidratação e o viço da pele.
5. Mantenha uma alimentação equilibrada
A farmacêutica Maria Eugênia, gestora farma da Biotec, reforça que a nutrição desempenha um papel fundamental. “Uma dieta rica em proteínas, vitaminas e minerais contribui para a produção adequada de colágeno. Indivíduos com deficiências nutricionais podem levar mais tempo para perceber os efeitos da suplementação.”
Além disso, é importante evitar o excesso de açúcar, que provoca um processo chamado glicação, prejudicando a estrutura do colágeno. “Nesses casos, o uso de Glycoxil® ajuda a prevenir e reverter esse processo, preservando a saúde e luminosidade da pele”, afirma Maria Aparecida Mariosa.
Outro fator determinante é a idade. “Com o passar dos anos, a produção natural de colágeno diminui, o que pode retardar os resultados da suplementação”, explica Maria Eugênia. “Para otimizar a síntese de colágeno, utilizamos formulações com In.Cell®, que combinam aminoácidos essenciais, zinco, ferro e manganês.”
Por fim, a Dra. Mônica Aribi reforça que hábitos saudáveis são essenciais para preservar a qualidade da pele. “Uma dieta balanceada, exercícios físicos regulares, proteção solar e evitar o tabagismo são atitudes que ajudam a retardar o processo de envelhecimento.”