O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conversou na manhã desta terça-feira (9) com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
O movimento, que já havia sido feito por governadores e por seu antecessor no cargo, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), visa destravar fluxos de importação de insumos para as vacinas contra a Covid-19.
Por conta de manifestações ideológicas absolutamente espúrias e infantis, o governo não conseguiu fazer do embaixador chinês um aliado. Seria mesmo difícil ter como aliado alguém que o governo brasileiro quer ver fora do Brasil.
O deputado Eduardo Bolsonaro publicou o seguinte tuíte, há um ano:
“Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. Mais uma vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste,mas que salvaria inúmeras vidas”, escreveu o deputado na época.”
Apesar de governista e adesista, Arthur Lira também decidiu ocupar o vácuo governamental, e numa carta bastante afetada enviada ao embaixador que precedeu a conversa desta manhã, busca livrar a cara do Brasil.
“Quero dizer que os interesses permanentes dessas duas grandes nações nunca foram nem poderão ser afetados pelas circunstâncias, pelas ideologias, pelos individualismos (…) A China é nosso maior parceiro comercial e o Brasil respeita a China, que merece o nosso reconhecimento assim como eu tenho certeza que a China respeita o nosso Brasil.”
“(…) eu me dirijo ao governo chinês neste momento de grande angústia para nós brasileiros, para que nossos parceiros chineses tenham um olhar amigo, humano, solidário e nos ajudem a superar a pandemia, oferecendo os insumos, as vacinas (…)”
Wanming curtiu a conversa. No Twitter, escreveu: “Alegria enorme conversar de manhã hoje com o Presidente da Câmara dos Deputados Br @ArthurLira_. Trocamos opiniões sobre o intercâmbio entre os poderes legislativos, estreitamento das relações sinobrasileiras, sobretudo a parceria no combate à pandemia e cooperações pragmáticas.”