Inquérito do plano golpista deve ter novos nomes na lista de indiciados

PF prepara novos indiciamentos em investigação sobre plano golpista
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A Polícia Federal (PF) deve ampliar o número de indiciados no inquérito que apura um suposto plano de golpe de Estado. O relatório complementar incluirá depoimentos e novas provas antes de ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os principais investigados está o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, conhecido como “kid preto”. Preso na última semana durante a operação Contragolpe, ele é acusado de participar de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Apesar da gravidade das acusações, Azevedo não foi indiciado no relatório inicial da PF.

De acordo com fontes da investigação, a ausência do militar na lista de indiciados se deve ao prazo legal exigido para sua oitiva. A Lei de Organização Criminosa prevê um intervalo de pelo menos três dias entre a intimação e o depoimento de um suspeito. Assim que for ouvido, seu nome deverá ser incluído no relatório final.

Além de Azevedo, outras pessoas investigadas podem ser incluídas no relatório complementar. A PF busca identificar todos os envolvidos na execução e planejamento do suposto golpe. Na última semana, 37 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros do governo anterior.

Entre os crimes investigados estão tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e planejamento de um golpe de Estado. Segundo as autoridades, o esquema tinha como objetivo desestabilizar o governo eleito e criar um ambiente de caos político no país.

O relatório complementar, que detalhará a participação do militar e de outros suspeitos, será enviado ao Supremo Tribunal Federal nas próximas semanas.