Causou estranheza em Brasília o pito que João Amoêdo, ex-presidente do partido Novo deu na bancada de deputados federais da sigla. Os oito deputados do partido votaram em bloco a favor da soltura de Daniel Silveira (PSL-RJ)
O ex-cobrador de ônibus e ex-PM e atual youtubber bolsonarista teve a prisão confirmada pela Casa sexta-feira por uma margem folgada, com votos da esquerda, do centro e da direita.
O Novo foi o único partido que votou 100% pela soltura de Daniel, o que levou Amoêdo a se consternar pelo Twitter. “Como filiado do Novo, discordo do voto da bancada que foi contra a manutenção da prisão do deputado bolsonarista”, escreveu.
Na sequência, o ex-mandatário acrescentou que “é decepcionante, também, que o partido não seja oposição ao desgoverno que temos hoje. Não era esse papel que imaginávamos para o Novo quando da sua fundação”.
A resposta veio à cavalo. Alexis Fonteyne (SP) disse que Amoêdo virou uma “calopsita que só fica papagueando e não propõe absolutamente nada”.
Chamou-o ainda de “anti líder” e o acusou de “dividir em vez de unir”.
A briguinha online da cúpula do partido confirma o rumor no Congresso de que o partido vive seu derretimento. Sem grandes feitos e isolado na Câmara, corre o risco de desaparecer em 2022.
Na semana passada, PODER Online entrevistou o jovem deputado Tiago Mitraud (MG), que disse acreditar que o partido deverá ter um candidato à presidência em 2022.
Sei não.