Já houve um dia em que a palavra dada bastava.
Esse tempo passou.
Ontem, quando o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, informou que pretende disponibilizar 230 milhões de vacinas até julho, o grupo dos governadores no WhatsApp veio abaixo.
Se conseguir manter o planejamento, Pazuello (também chamado de Eduardo Pesadelo pelos tiozões no zap) vai imunizar praticamente toda a população brasileira em tempo recorde, apontou um governador.
Ao que um interlocutor respondeu: “Ele faz tantas previsões com números cravados que, uma hora, acerta. Mas vai ser no chute.”
As trocas de mensagens chegaram aos ouvidos do homem do “dia D, hora H” e ele ficou como o mercado – “nervosinho”. A ira foi maior com os governadores da região Centro-Oeste, especialmente Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Os dois nem fizeram comentários negativos, mas o ministro contava que seus parças o defendessem.
Como se sabe, o ministério ainda depende quase que absolutamente da vacina CoronaVac, ou “vacina do Butantan”, como prefere o governador paulista João Doria, já que o imunizante do consórcio Fiocruz-Oxford-AstraZeneca que chegou pronto da Índia mal deu pro cheiro.
Algumas capitais tiveram de colocar o pé no freio em suas campanhas de vacinação por conta disso.