Pressão de Bolsonaro leva a queda de Castello Branco na Petrobras

Roberto Castello Branco || Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Presidente da Petrobras se eximiu de responsabilidade por "problema dos caminhoneiros", declaração que pegou mal no Planalto; diretor contava com apoio de Paulo Guedes

O anúncio de que alguma coisa vai mudar na Petrobras abriu o apetite dos partidos, saudosos dos tempos em que indicavam os chefões da estatal.

Em sua live de ontem, o presidente Jair Bolsonaro mencionou disse que “algo vai acontecer” na estatal, o que aumentou as especulações em torno da demissão do presidente Roberto Castello Branco.

(Algo já aconteceu: a ação preferencial, PN, já perdeu 4,75% de seu valor desde a abertura do pregão nesta sexta, 19. Esta informação é das 11h)

Há um descontentamento com as altas seguidas nos combustíveis e com uma declaração de Castello, que não fez o jogo algo demagógico de mostrar sensibilidade pelos caminhoneiros ao dizer que “não tem nada a ver” com eles.

Um dos vice presidentes da Petrobras disse a PODER Online que “a pressão está grande” e que a ideia não é colocar Castello Branco na rua, mas, sim, esperar que ele peça as contas.

Problema: Paulo Guedes, sim, ele, Paulo Guedes costa de Castello Branco.

Atualização: Castello Branco não conseguiu sobreviver à sexta-feira. Pouco depois das 19h, o Planalto anunciou sua demissão. Para seu lugar foi indicado o ex-ministro da Defesa do governo Temer, Joaquim Silva e Luna. No governo Bolsonaro, Silva e Luna dirigia a Itaipu.