O calor afeta o corpo de diversas maneiras, mas quando ele é direcionado, nos homens, para os testículos, as consequências para a fertilidade podem ser grandes. “Quem já entrou em um carro estacionado sob o sol de verão sabe o quanto a temperatura no interior do veículo é alta. E não é diferente nos assentos. Esse calor localizado aumenta a temperatura dos testículos e pode prejudicar a produção dos espermatozoides”, explica Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita. “Além dos assentos, roupa apertada, laptop no colo e até o sobrepeso podem aumentar a temperatura local e prejudicar a fertilidade masculina”, acrescenta o médico.
O próprio ato de dirigir por horas pode ser prejudicial, uma vez que a temperatura local pode ser aumentada. Mais recentemente, carros em todo o mundo passaram a ser equipados com dispositivos que mantém os bancos aquecidos – uma medida para períodos frios – mas isso também pode causar danos aos espermatozoides. “A produção de esperma de qualidade exige que os testículos estejam vários graus mais frios do que o resto do corpo, em média entre 32 e 35ºC. Se a temperatura local, nos testículos, subir 1ºC, isso já pode afetar a produção de espermatozoides”, alerta o médico. O sobrepeso, segundo o médico, também influencia, na medida em que as camadas de tecido adiposo na região da coxa e da virilha aumentam a temperatura dos testículos. Homens que trabalham em ambientes quentes, com caldeiras, fornalhas e em siderúrgicas tendem a ter um maior risco de infertilidade
Mas qual é, afinal, o dano? “Os cientistas argumentam que o efeito, no aumento da temperatura, é alterar as sequências específicas de DNA e, provavelmente, as proteínas que controlam sua atividade. É importante lembrar que o esperma, a menor célula do corpo de uma pessoa, se forma aos bilhões em temperaturas abaixo da temperatura corporal e é produzido durante toda a vida adulta. O desenvolvimento do esperma é muito sensível ao aumento da temperatura, enquanto o desenvolvimento do óvulo não é afetado”, diz o Dr. Fernando. “Dados semelhantes sobre o efeito deletério da temperatura sobre a produção de espermatozoides também já foram encontrados em estudos com homens que fazem sauna, usam o notebook no colo ou trabalham em ambientes muito quentes, como fornos de padarias, indústrias siderúrgicas e outros”.
A recomendação para casais que estão tentando ter filhos e não conseguem após um ano de tentativas é buscar ajuda especializada de um médico de reprodução humana. “O médico pode atuar na identificação de fatores de risco modificáveis do estilo de vida para que o paciente consiga ter um filho de maneira natural ou indicar tratamentos de Reprodução Assistida, como a inseminação artifical ou a fertilização in vitro”, finaliza o.Dr. Fernando.
FONTE: *DR. FERNANDO PRADO: Médico ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana. É diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica. Doutor pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Imperial College London, de Londres – Reino Unido. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE). Instagram: @neovita.br
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