Apesar do rápido avanço, a disseminação da tecnologia no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente devido às suas características de país continental
Após a implementação do 5G no Brasil, a tecnologia tem mostrado um crescimento acelerado e o país está se destacando nesse processo. Rodrigo Dienstmann, presidente da Ericsson no Brasil, fez essa avaliação. Além disso, ele destacou que o avanço da infraestrutura e a ampliação do acesso ao 5G têm ocorrido mais rapidamente do que o previsto. Isso, apesar dos desafios que um país de dimensões continentais como o Brasil enfrenta.
“Todas as grandes e médias cidades já estão praticamente cobertas – 60% da população. Agora vem a fase de cobrir os municípios menores. Está tudo dentro dos planos, as operadoras estão investindo muito agressivamente nessa cobertura”, afirmou Dienstmann à CNN.
Segundo Rodrigo, o 5G não é apenas uma evolução na velocidade de navegação, mas uma plataforma de inovação que tem o potencial de transformar a economia e a vida da população. Ainda assim, ele acredita que essa novidade permitirá a criação de produtos e serviços inovadores, impactando setores diversos.
Obstáculos de evolução no Brasil
Entretanto, o presidente destacou que dois dos principais obstáculos mencionados são o logístico, relacionado à necessidade de levar a infraestrutura às regiões mais remotas e de difícil acesso. E o econômico, que envolve os custos de expansão e manutenção de redes em áreas mais afastadas, além do investimento necessário para garantir que a tecnologia esteja acessível a todos.
“As regiões remotas requerem uma logística bastante diferente, além do desafio econômico. Essas cidades muitas vezes têm uma população que não possui renda. Nesse contexto, entra a importância do marco regulatório que impõe às operadoras a obrigação de cobrir essas áreas remotas e rodovias do país”, constatou.
Em suma, no Brasil, o Ministério das Comunicações estabeleceu uma meta ambiciosa para a expansão do sinal 5G. O objetivo é levar a tecnologia para 5,5 mil municípios e 1,7 mil pequenas localidades até o ano de 2030. Para alcançar essa meta, estão previstos investimentos que somam cerca de R$ 18,6 bilhões.