Anúncio da plataforma chinesa foi feito no domingo (15), dias depois que a União Europeia alertou que as redes sociais não estão seguindo as regras de moderação de conteúdo do bloco. Dois dias antes, na sexta-feira (13), o comissário europeu do mercado interno Thierry Breton mandou um comunicado oficial para o CEO do TikTok Shou Zi Chew, lembrando, entre outras coisas, da obrigação da plataforma de proteger crianças e adolescentes de conteúdos violentos e de propaganda terrorista, e dando um prazo de 24 horas para que a empresa detalhasse suas ações para cumprir a Lei de Serviços Digitas (DSA, na sigla em inglês), cujas regras estão valendo desde o final de agosto. O mesmo comunicado foi enviado para X, YouTube, Alphabet (Google) e Meta (Instagram, Threads e do Facebook). Breton publicou a íntegra do texto em sua conta ex-Twitter.
Moderadores fluentes em hebraico e árabe
Entre as medidas adotadas pelo TikTok estão a criação de um centro de comando para coordenar o trabalho dos profissionais de segurança ao redor do mundo, melhorias no software que detecta e remove conteúdos violentos, e contratação de moderadores de conteúdo fluentes em hebraico e árabe, providência também adotada pela Meta.
No sábado, 7 de outubro, dia do início dos ataques do Hamas a Israel, a ByteDance, que é dona do TikTok, fez um comunicado dizendo ter mobilizado recursos financeiros e de pessoas para manter a segurança de seus usuários e a integridade da plataforma. Ainda de acordo com a empresa, desde o início da guerra, foram removidos mais de 500 mil vídeos e interrompidos mais de 8 mil vídeos ao vivo das áreas afetadas pelo conflito. Um vídeo recente veiculado no TikTok e visto por mais de 300 mil usuários levantava teorias da conspiração em relação ao ataque do Hamas a Israel.