O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e à comunidade internacional, solicitando a libertação das crianças israelenses e palestinas que foram retidas no confronto entre o grupo extremista Hamas e Israel. “Devemos utilizar todos os recursos disponíveis para pôr fim à mais séria violação dos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”, declarou.
“É inaceitável que crianças sejam mantidas como reféns, não importa em que parte do mundo isso ocorra. É crucial que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias, bem como que Israel suspenda os bombardeios, permitindo que as crianças palestinas e suas mães saiam da Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. Em meio à insanidade da guerra, é imperativo que haja um mínimo de humanidade”, enfatizou o apelo.
Lula destacou a urgência de uma mobilização da comunidade internacional em prol de uma intervenção humanitária e do cessar-fogo na Faixa de Gaza. “O Brasil, atualmente ocupando a presidência interina do Conselho de Segurança da ONU, irá unir-se aos esforços para a imediata e definitiva cessação do conflito. Continuaremos a trabalhar para promover a paz e defender os direitos humanos no mundo.”
De acordo com o porta-voz das Forças Armadas israelenses, Jonathan Conricus, há três cidadãos brasileiros entre as pessoas mantidas em cativeiro pelo grupo extremista Hamas. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou que está tentando confirmar essas informações. Esta declaração foi feita em 11 de outubro. Além disso, cidadãos de outras nações, incluindo Argentina, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Ucrânia, também foram sequestrados. Muitas dessas vítimas possuem dupla cidadania, embora o número total de vítimas ainda não tenha sido especificado pelas autoridades estrangeiras.
Israel impôs um bloqueio total, interrompendo o fornecimento de água, eletricidade e alimentos para a Faixa de Gaza, onde reside uma população de 2,3 milhões de palestinos. Mais de 260 mil pessoas foram forçadas a abandonar suas residências. Segundo informações do Ministério da Saúde da Palestina, os ataques aéreos israelenses na região resultaram em mais de mil mortes e 5.184 feridos.