No dia 22 de setembro, o Brasil celebrou o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, uma data criada em 2012 com o objetivo de conscientizar sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade através do esporte. Este dia de celebração ocorre em sequência ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, e ganha ainda mais destaque com a proximidade dos Jogos Paralímpicos de Paris, marcados para menos de um ano a partir de agora.
O esporte paralímpico no Brasil tem experimentado avanços significativos ao longo dos anos, com investimentos em infraestrutura acessível, programas de desenvolvimento de talentos e maior visibilidade dos atletas com deficiência. Para entender melhor esse cenário, conversamos com o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Yohansson do Nascimento Ferreira, que compartilhou insights valiosos sobre os desafios e inspirações do esporte em solo brasileiro.
Como tem sido o avanço do Brasil no desenvolvimento do esporte paralímpico ao longo dos anos?
“Atualmente, o Brasil tem demonstrado progresso constante no desenvolvimento do esporte paralímpico, principalmente com os nossos projetos de iniciação esportiva, como as escolinhas paralímpicas e os centros de referência. Esses últimos já contam com o apoio de todos os estados do Brasil, garantindo que crianças com deficiência em qualquer parte do país tenham acesso a locais para iniciar sua jornada esportiva, mas não se limita apenas a formar atletas de alto nível, é também uma maneira de incluir pessoas com deficiência na sociedade. Trabalhar diariamente no CPB é prazeroso, sabendo que o desenvolvimento do esporte paralímpico está acontecendo de norte ao sul do país.”
Quais são os principais desafios enfrentados pela CPB?
“O principal desafio enfrentado pelo CPB é ampliar seu alcance para atingir um grande número de crianças por meio do esporte. O Brasil, como um país de dimensões continentais, abriga uma população de mais de 220 milhões de pessoas, e ainda há muitos indivíduos com deficiência que não tiveram a oportunidade de conhecer o esporte paralímpico. O desafio reside em abranger todas as regiões do país, incluindo áreas remotas, para que todas as crianças, independentemente de onde vivam, tenham a chance de se envolver no esporte paralímpico. A expansão dos centros de referência tem sido uma estratégia importante para alcançar não apenas as capitais, mas também o interior dos estados, garantindo que cada criança que sonhe em se tornar um atleta paralímpico tenha essa oportunidade.”
Quais são as expectativas e objetivos do Brasil para sua participação nos próximos Jogos Paralímpicos de Paris em 2024?
“As expectativas são as melhores possíveis. Voltamos do campeonato mundial de atletismo, de natação e de halterofilismo com muitas medalhas. O sucesso nas modalidades de voleibol sentado e goalball também aponta para um possível recorde de medalhas a serem conquistadas. Faremos história nos próximos Jogos Paralímpicos.”
Outra ação prevista pelo CPB para celebrar o Dia do Atleta Paralímpico será a realização da segunda edição do Festival Paralímpico em 2023, evento que acontecerá neste sábado, 23, em 117 localidades espalhadas pelas 27 unidades federativas do país.