Indicado pelo presidente Bolsonaro à vaga de Celso de Mello no STF, Kassio Nunes Marques, que gosta de ser chamado apenas pelos dois sobrenomes, ganhou status de queridinho do governo.
É que o ministro tem alinhado seu posicionamento aos pensamentos do seu estimado presidente.
Bolsonaro elogiou Nunes Marques em muitas ocasiões, como quando ele votou favoravelmente à constitucionalidade da vacina contra a Covid-19 e divergiu sobre o posicionamento da Corte, que acabou implementando a obrigatoriedade.
O magistrado também ganhou um cafuné do presidente quando informou ser contra a divisão de pensão entre viúva e amante, após a morte de uma pessoa que tinha dois relacionamentos ao mesmo tempo.
Por fim, Nunes Marques recebeu elogios mais uma vez ao suprimir uma parte da Lei da Ficha Limpa, desejo de Arthur Lira (PP-AL) e de Bolsonaro, que pretende ver o alagoano eleito presidente da Câmara para suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Lira precisava de uma sinalização como essa para demonstrar para a esquerda o seu poderio de fogo com os poderosos.
Com a decisão monocrática de Kassio Nunes Marques, o teto de inelegibilidade de um “ficha-suja” agora é de 8 anos.
Boa parte do meio milhar de camaradas com cargos de deputado federal e senador curtiu.