A violência na Bahia, seja ela das facções criminosas como dos próprios agentes de segurança, parece que já começa a ser naturalizada. A chacina da manhã desta segunda-feira (28) na região metropolitana de Salvador que deixou nove pessoas mortas (três delas crianças) não foi “disputada” pelos agentes políticos, ao menos pelos mais importantes, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB-BA).
Jerônimo preferiu dedicar boa parte de sua produção diária no ex-Twitter a celebrar o aniversário do senador Otto Alencar (PSD-BA), fiel discípulo da base governista no Senado; já Netinho parou suas críticas na semana passada, fazendo postagem para prever que a resposta do governador ao número ruim da competitividade do estado deveria ser como a resposta padrão sobre a violência: com negacionismo, desqualificando a informação.
Conforme publicou o jornal A tarde, que esteve no local da chacina, o crime desta segunda vem sendo imputado à facção criminosa Bonde do Maluco (BDM); a vítima procurada tinha o apelido de Preá.
No anuário de segurança recém-publicado, a Bahia tem onze dos 20 municípios mais violentos do Brasil (dados de 2022).