Todo mundo achava que Rodrigo Maia (DEM-RJ) definiria nesta segunda (13) o nome de quem receberia seu apoio na luta pela presidência da Câmara.
Não rolou. Maia está perdido: prometeu mundos e fundos aos amigos, acreditando ser ele mesmo o próximo candidato, e agora, na hora da onça beber uísque com gelo, ficou com a corda no pescoço.
Na câmara alta, contudo, a conversa é outra.
Davi Alcolumbre (DEM-AP) já decidiu: quer fazer de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) seu sucessor na presidência do Senado. O parlamentar mineiro tem fama de ser um excelente articulador nos bastidores, apesar de uma certa dificuldade de diálogo sob os holofotes.
Pacheco foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara dos Deputados, diversas vezes. No Senado, conseguiu a relatoria de projetos importantes, mesmo sendo estreante.
O diabo é que a bancada do DEM no Senado é muito menor do que a do MDB e a do PSD, por exemplo.
Alcolumbre quer alguém discreto e eficaz enquanto Maia procura um nome mais espalhafatoso, capaz de ganhar no grito a paternidade de projetos do governo.
Ou seja: eles querem se ver no espelho.