Na sétima edição de sua live presidencial, falando como de hábito ao jornalista Marcos Uchôa, Lula passeou, como é próprio da dinâmica do semanal, por uma cascata de assuntos. Na manhã desta terça (25), o presidente falou de seu problema no quadril, afirmando que decidiu-se finalmente pela operação, ainda em outubro; fez autoelogios ao programa Desenrola; e, num vício bastante justificável, emendou disparos de agenda positiva com frases como “a imagem do Brasil voltou a ser muito respeitada”, “as pessoas já podem sair com a sacola cheia do supermercado”, “o saco de cimento está baixando” e coisas do tipo.
Lula abriu seu quase monólogo falando de sua ida à posse do novo presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no domingo (23), e, numa novidade da live, cenas relativas ao que Lula falava eram exibidas num monitor no fundo da sala.
Lula disse que a “engrenagem [do Brasil] já está funcionando”, “as políticas começaram a funcionar”, disse se preocupar com o desperdício de alimentos e com aumento da capacidade produtiva do pequeno produtor, para quem foi aberta linha de financiamento.
E, numa situação que pareceu completamente de improviso, Lula passou a falar de governabilidade, repetindo, novamente, uma crítica à imprensa, que, para ele, torna os acordos com o Centrão, ou melhor, com os partidos com os quais “Lula conversa” algo rebaixado, do nível “toma-lá-dá-cá.”
“O Lula não conversa com o Centrão, conversa com os partidos isoladamente. O Centrão não existe, o Centrão é um ajuntamento de um grupo de partidos em determinadas situações (…). Em qualquer lugar do mundo, você faz acordo, mas aqui no Brasil é tudo ‘é dando que se recebe’.”
E ao falar do êxito da votação da reforma tributária, ainda enfileirou metáforas futebolísticas e disse estar chateado com o Vasco e com o Corinthians, seus times de coração. “O meu Vasco está muito ruim. Benza, Deus. O Vasco e o Corinthians, precisa levar ele [sic] num benzedor.”