O presidente turco, Tayyip Recep Erdogan, finalmente concordou em abrir caminho para a Suécia participar da Otan — a organização de apoio militar do bloco Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e boa parte dos países europeus. Basta um único integrante “gongar” um pleiteante para que a admissão seja frustrada. E isso vem, ou vinha, acontecendo com a Suécia, vetada pela Turquia.
Por sua proximidade com a Rússia, a Suécia vinha adotando até aqui uma postura de neutralidade, mas a própria invasão da Ucrânia, aproximou-a, e também a vizinha Finlândia, do bloco militar ocidental. Erdogan condicionava a aprovação do pleito sueco à extradição de inimigos políticos de seu regime, e não está claro se eles serão mesmo usados como moeda de troca.
A iminente entrada da Suécia foi divulgada pelo secretário-geral da Otan, Jens Soltenberg, nesta segunda (10), em Vilna, capital da Lituânia, que recebe os líderes dos países do bloco a partir desta terça (11) para um encontro que vai discutir — adivinhou: Ucrânia.
Pela manhã, Erdogan havia condicionado a entrada da Suécia na Otan a uma “liberação” do caminho turco para a União Europeia. “Vamos primeiro abrir caminho para a Turquia na União Europeia, então vamos abrir para a Suécia, assim como fizemos com a Finlândia”, disse o presidente turco.