Por Bernardo Bittar, de Brasília
Se quiser ver e ser visto em Brasília, anote: SQS 112, Bloco A, Loja 3. É o endereço do restaurante Fuego, Alma e Vino, que abre em janeiro.
“É rústico, mas não é uma churrascaria”, explica o empresário Tiago Boita, um dos sócios do empreendimento.
Tiago e os sócios, o também empresário Leandro Caetano Pompeo e o advogado Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, prometem imprimir ao lugar um toque de sofisticação, mas sem afetação. “É para atender todo mundo”, diz Tiago.
Os três já são sócios no badalado italiano A’ Mano, point de ministros do governo e figurões do Judiciário.
Pedreiros, decoradores e arquitetos triplicaram o turno de trabalho no Fuego para que tudo fique pronto entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro.
A estrela do cardápio está fora dele: é o chef-celebridade Pepe Sotelo, do Don Julio, melhor restaurante da América Latina de 2020 segundo o ranking que importa, o da 50 Best.
Pepe já deixou Palermo e se radicou em Brasília para cuidar do restaurante.
Seu famoso ojo de bife virá à capital federal pelas mãos do mesmo fornecedor que atendia o chef em Buenos Aires.
Espera-se que frequente o Fuego o círculo ampliado de Kakay e seus sócios, mais ou menos todo mundo que interessa no DF, o que inclui o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, os ministros do STF Gilmar Mendes e Rosa Weber, ricaços do mercado imobiliário e influencers moderninhos.
“O Fuego terá uma pegada moderna”, disse Kakay a PODER Online. “Quem sabe a gente não consegue reunir ali a política e a boa gastronomia como se fez durante tantos anos no Piantella?”, completa, referindo-se ao icônico restaurante que comprou anos atrás mas, depois de várias crises, fechou as portas este ano.
O Piantella, como se sabe, foi por décadas reduto de embaixadores, presidentes da República, parlamentares.
Ninguém nunca ganhou dinheiro por cumprir exatamente o prazo prometido de abertura de seu próprio restaurante, mas quem sabe o Fuego já testemunhe em seus primeiros dias a eleição dos presidentes das casas legislativas, a grande agenda do começo de 2021 na capital federal?