Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, foi um dos muitos políticos presentes no evento que lançou o Pacto contra a Fome nesta terça-feira (23), em São Paulo.
“A união é a única saída para combater a fome. Estamos aqui para dizer que vamos lutar juntos para, mais uma vez tirar o Brasil do mapa da fome”, disse o ministro e ex-governador por dois mandatos do Piauí.
Dias citou os 94 milhões de brasileiros inscritos no Cadastro Único de transferência de renda, herança da campanha eleitoral, e a importância de aperfeiçoá-lo. “Não se pode tolerar que quem ganha R$ 15 mil, R$ 20 mil por mês, tenha um cartão de transferência de renda. Um milhão de pessoas nessa situação representam um desvio de R$ 8 bilhões de dinheiro público.”
Incentivo para agricultura
Dias falou ainda do Plano Safra, de crédito para a produção agrícola. “Isso exige planejamento, já que é preciso ver o que o país vai produzir para exportar e o que será produzido para a mesa dos brasileiros.”
Dias se recordou do lançamento do programa Fome Zero. “Foi em 2003, no Piauí, que é o meu estado. Ali, foi entregue o primeiro cartão do programa.” Segundo o ministro, na ocasião o país tinha 3,6% de pessoas passando fome, índice exponencialmente.
Para dias, o cenário atual é diferente do de há duas décadas. “Em 2003, a fome tinha muito a ver com analfabetismo e baixa escolaridade. Hoje, temos 2,8 milhões de pessoas no Bolsa Família com uma situação que é mais vergonhosa, porque elas têm curso superior, algumas têm pós-graduação. Estou falando também de 12 milhões de brasileiros em idade de trabalhar, que já têm ensino fundamental, ensino técnico ou que estão fazendo esses cursos.”
O ministro reforçou que o setor público e o setor privado precisam olhar para o Cadastro Único a fim de ajudar os que estão em situação de pobreza extrema e qualificar o público inscrito para o mercado de trabalho.
Veja, no vídeo abaixo, o ministro Dias falando a PODER.