Deve ser penoso para o PSDB inventariar o tamanho do fracasso nas eleições de domingo (2). A derrota de Rodrigo Garcia na corrida ao governo de São Paulo, feudo de décadas do partido, levou ainda de roldão figuras históricas da legenda. O senador José Serra, que tentava vaga como deputado federal, por exemplo, ficou a ver navios. O desastre não foi completo em razão da ida ao segundo turno no Rio Grande do Sul do ex-governador gaúcho Eduardo Leite – ele conseguiu se classificar na bacia das almas, com 0,4% dos votos válidos a mais que o oponente do PT.
O PSDB também vai para o segundo turno no Mato Grosso do Sul, outro dos estados que, como São Paulo, governa até 31 de dezembro, em Pernambuco, com a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. Entre outros tantos mortos e feridos, sobreviveu Aécio Neves, sempre apontado como um dos caciques da sigla, mas que ficou bastante chamuscado desde a derrota para Dilma Roussef em 2014 e, mais tarde, de seu envolvimento na delação do empresário Joesley Batista.
Aécio conseguiu mais quatro anos na Câmara Federal – apenas ele e Paulo Abi-Ackel lograram se eleger deputados federais pelo PSDB mineiro.
Sucintamente, agradeceu seus conterrâneos pelos 85,3 mil votos que o possibilitaram exercer mais um mandato na Câmara “sempre a favor de Minas e do Brasil”, como disse em vídeo de agradecimento postado em suas redes sociais.
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