Sem a companhia de Arthur Lira, seu homólogo na Câmara Federal, que vem se dedicando a assuntos um tanto mais paroquiais, coube ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a defesa intransigente – e solitária – do sistema eleitoral brasileiro nesta quinta (28).
No apagar das luzes da corrida eleitoral, o PL, como se sabe, tentou criar uma instabilidade institucional ao divulgar um documento escrito previamente, manifestando preocupação com a vulnerabilidade das urnas eletrônicas. A coisa não foi à frente pela resposta ríspida e rápida do TSE e, mais do que isso, pelo descrédito total dessa campanha levada a cabo por Jair Bolsonaro.
Pacheco recebeu nesta quinta delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) responsável por acampanar os processos eleitorais nos países-membros e ficou, assim, leve e solto para pontificar.
E, em fio no Twitter, aproveitou-se da visita para erguer mais alguns centímetros de barreira institucional contra os negacionistas das urnas. Escreveu Pacheco:
“Afirmei a ele [o representante da OEA] a nossa absoluta confiança no nosso sistema eleitoral, a cargo do TSE. Nesse sentido, declarei que o resultado advindo das urnas eletrônicas será fidedigno à vontade popular e respeitado no Brasil.”
A missão da OEA, que foi ironizada por Jair Bolsonaro no começo da semana, conta com 50 observadores de 17 nacionalidades diferentes. Segundo informe oficial, estarão em 15 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e três cidades estrangeiras que contam com boa muitos moradores brasileiros.
Recebi, nesta quinta-feira, na Presidência do Senado, a visita do chefe da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Organização dos Estados Americanos (OEA), Rubén Ramírez Lezcano, e sua comitiva. 🧶 pic.twitter.com/5NusMZoWvx
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) September 29, 2022