Dois estudos distintos concluídos em fevereiro, que passaram por revisão científica em seguida e foram publicados na Science na terça (26) apontam para a grande possibilidade de a Covid-19 ter surgido em mercado de frutos do mar e outros animais de Wuhan, na China.
Um dos estudos aponta que, ainda que as circunstâncias exatas “permaneceram obscuras”, há grande probabilidade de que o vírus estivesse presente em animais vivos vendidos no mercado de Huanan no fim de 2019.
Os primeiros casos mundiais da Covid-19 aconteceram entre os vendedores da seção oeste desse mercado, onde há também venda de mamíferos vivos.
O outro estudo, que parte de uma abordagem molecular do novo coronavírus, associa a primeira linhagem do SARS-CoV-2, chamada pelos cientistas de “linhagem B”, com pessoas relacionadas ao mercado de Wuhan.
É ainda cedo para descartar liminarmente outras possibilidades de origem, como aquela que movimenta a maior parte das teorias conspiratórias, a de que o novo coronavírus tenha sido fabricado em laboratório, mas a hipótese perdeu esta semana bastante octanagem.