Augusto Aras deve gostar de se ver em vídeo, mas não deve ter muito apetite para produzi-los. A julgar pelos dois vídeos que postou recentemente no YouTube, usar gravações antigas para posicionar-se sobre temas candentes aos quais o Ministério Público Federal não pode se omitir vai ser seu modus operandi.
O primeiro, da semana passada, com todos os senões e omissões do nome daquele que Aras jamais pronuncia, serviu para dizer que o PGR “não aceitará alegação de fraude nas eleições”.
O segundo, que foi ao ar nesta terça (26), de há catorze dias atrás, responde a uma demanda de outro assunto momentoso que tem Bolsonaro como agente — as manifestações de 7 de setembro. Aras disse que os MPs ficarão atentos a “movimentos violentos” no próximo dia 7 de Setembro.
Na convenção do PL que homologou seu nome como candidato presidencial no domingo (24), Bolsonaro convocou seus seguidores para irem às ruas “pela última vez”. À conclamação adicionou seu ramerrame tradicional contra o STF, composto pelo que chamou de “poucos surdos de capa preta” que “têm que entender o que é a voz do povo e entender que quem faz as leis é o Executivo e o Legislativo.”
Mas, beleza, Augusto Aras está atento.