Não que renúncias e implosões de gabinete sejam novidade na política italiana, mas diante de alguns anos atrás, até que país vivia uma insólita estabilidade. Vivia. Nesta quinta (21), o premiê Mario Draghi pegou o boné.
Ex-presidente do banco central europeu, Draghi manteve-se à frente do país por 18 meses. Seu gabinete trincou há poucos dias quando o partido neófito Movimento 5 Estrelas (M5S), partícipe da coalizão governista, ameaçou não votar a favor de um pacote de auxílio de € 17 bilhões dirigido a famílias e empresas.
Faltou a Draghi um Arthur Lira para costurar e tratorar a aprovação do pacote.
O presidente Sergio Mattarella deve convocar novas eleições para outubro. As perspectivas para o novo termo não são muito animadoras, com o grupo de extrema-direita Irmãos da Itália liderando pesquisas de opinião, conforme informou a agência Reuters.