Solução salomônica involuntária coloca Molon e Ceciliano no palanque de Freixo

Alessandro Molon, André Ceciliano e Marcelo Freixo || Crédito: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Julia Passos/ALERJ

Sem acordo para chegar a apenas um candidato ao Senado pela coligação com o PT, PSB homologa Alessandro Molon, que se diz nome "sem ambiguidade"

O PSB fluminense bateu pé e conseguiu manter na noite de quarta (20) a indicação do deputado federal Alessandro Molon como candidato ao senado pela coligação PT-PSB, que tem o também federal Marcelo Freixo como cabeça de chapa, disputando o governo do Rio.

Por semanas a fio, o PT esperneou contra seu ex-quadro Molon, indicando que apoiaria apenas a candidatura do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano.

Ceciliano tem penetração em áreas normalmente estranhas ao PT,  sendo considerado “o mais bolsonarista” dos parlamentares petistas. Ele é próximo do governador Claudio Castro, principal oponente de Freixo na disputa pelo palácio Guanabara.

A solução que foi dada é involuntariamente salomônica. Molon e Ceciliano terão palanques distintos, mas ambos dir-se-ão a escolha preferencial de Lula e Freixo.

O PSB informou que a candidatura de Molon “é a única com condições de derrotar a de Romário [que tenta novo termo no Senado pelo PL] e o bolsonarismo”.

Molon não escondou sua alegria. No Twitter, servindo-se de dois memes de coração, escreveu: “Temos tudo para derrotar o bolsonarismo no nosso estado SEM concessões ou ambiguidades. Agradeço demais por todo o apoio e carinho que tenho recebido! Vocês são demais!”

Deu para entender para quem ele endereçou as concessões e ambiguidades.