A semana começou quente em Brasília. Nem tanto pelo assunto que dominou o noticiário no fim de semana, o assassinato por motivações políticas em Foz do Iguaçu (PR) de um petista por um bolsonarista, crime que encontrou pouca repercussão nas mídias sociais, muito influenciadas pelo círculo bolsonarista.
Mas Bolsonaro, mesmo tentado desviar-se desse vespeiro – ele fez condenação ao uso de violência, mas não demonstrou qualquer solidariedade pela vítima e seus familiares –, conseguiu novamente ganhar algum destaque ao chamar o ministro Edson Fachin de “ditador do Brasil”.
E la nave va.
Falando para o que costuma chamar de “minha mídia” ainda no palácio da Alvorada, o presidente disse que “Fachin falou que não tem mais conversa com as Forças Armadas. Eu acho que ele já se intitulou o ditador do Brasil. Estou achando há muito tempo. Quem age dessa maneira não tem qualquer compromisso com a democracia.”
O tom subiu logo depois.
“É um momento difícil, porque o inimigo não é externo, é dentro do Brasil. Está aqui nessa região aqui da Praça dos Três Poderes.”
Fachin tampouco seus pares se pronunciaram, como era de se esperar.