Casamento, namoro e outras entradas do vocabulário político de Bolsonaro contaminam ministros

João Roma, titular da Cidadania, reclama seu ex-correlegionário ACM Neto quer presidente como "amante" e não como alguém para "passear de mão dada"

ACM Neto, Jair Bolsonaro e João Roma || Crédito: Valter Pontes/Secom/Alan Santos/PR/Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

Namoro, casamento, abraço, amor, beijo hetero. Jair Bolsonaro gosta de usar essas imagens para falar de seus relacionamentos políticos. Seus ministros, aparentemente, também passaram a compartilhar do vocabulário.

Tomemos João Roma, ministro da Cidadania, por exemplo. Ele disse a uma rádio soteropolitana, a Piatã FM, nesta terça (1º) que seu ex-correlegionário e atual desafeto, ACM Neto, o Netinho, “fica querendo utilizar o presidente Bolsonaro como amante”.

O ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo da Bahia pelo ainda inexistente União Brasil, na visão de Roma, “quer os votos de Bolsonaro, mas não quer passear de mão dada no shopping” com o presidente.

Netinho aparece em pesquisas para as eleições da Boa Terra em posição destacada, bem à frente do senador e ex-governador Jaques Wagner (PT), mas quando seu nome é associado a Bolsonaro, perde intenção de votos.