Diante das ilações maliciosas de Jair Bolsonaro – como a de reputar a embolia pulmonar do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) a um “efeito colateral da vacina” (“parece, vamos aguardar a conclusão”) –‚ a prontidão sincera e plana de sua seguidora fiel, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presidente da CCJ da Câmara, parece brincadeira de criança.
Em comentário crítico em suas redes sociais à decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso de obrigar passaporte de vacinação para viajantes, ela disse que o que Barroso “chama de omissão é opção política de quem foi eleito para governar.”
A opção política de deixar, portanto, o vírus circular não passou batido pelos comentadores políticos. O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, foi rápido: “Ah, claro. Hitler também foi eleito. Logo, ninguém deveria intervir para impedir o extermínio de judeus, comunistas e homossexuais.”
Ah, claro. Hitler também foi eleito. Logo, ninguém deveria intervir para impedir o extermínio de judeus, comunistas e homossexuais.
— Juliano Medeiros (@julianopsol) December 12, 2021
O cientista político Celso Rocha de Barros escreveu: “Militante da extrema-direita Bia Kicis confessa que não vacinar os brasileiros foi opção consciente de Jair Bolsonaro. Estimativas de mortes causadas por essa decisão começam em cem mil.”