Tendo sido definitivamente escanteado dos planos presidenciais de 2022 com o anúncio de filiação de Bolsonaro ao PL , o vice-presidente Hamilton Mourão recebeu carta branca para fazer o que mais gosta: contrariar o presidente.
E, bom proseador, ele faz isso com esmero. Nesta quarta (10), já mandou de voleio, ao elogiar a decisão do STF que, por 8×2, endossou a decisão da ministra Rosa Weber de acolher liminar contra as chamadas emendas do relator no parlamento, instrumento utilizado à larga pelo governo de que ainda faz parte para ganhar apoio no Congresso.
“Acho que você tem que dar o máximo de publicidade, é princípio da administração pública, conjugado com a eficiência. Eu não posso mandar um recurso para um lugar X que eu não sei como vai ser gasto aquilo. Se o dinheiro fosse meu, eu poderia até rasgar. Mas o dinheiro não é meu, pertence a cada um de nós que paga imposto e contribui para que o governo possa se sustentar”, disse o vice.
Bolsonaro havia se manifestado sobre o mesmo assunto na segunda (8). Disse na ocasião que os argumentos usados pela ministra Rosa “não eram justos” e que seu governo não “barganhava”.