Congressistas querem acabar com fumo em gabinetes especiais

Créditos: Câmara dos Deputados

Privilégio de poucos parlamentares, gabinetes com jardim de inverno virou fumódromo oficioso; “liga” antitabagista agora quer restringir acesso de fumantes

O Brasil é o país onde algumas pessoas são mais iguais que muitas outras, no famoso chiste paradoxal. No Congresso Nacional, alguns parlamentares são mais iguais que outros.

Ao menos em relação ao privilégio de seus gabinetes. Os mais iguais dispõem de um inusitado jardim de inverno. Trata-se do lugar preferido da esquadrilha da fumaça – old e new school: cigarros, charutos e vapers.

Essas salas são tratadas quase como um prêmio: primeiro pelo tamanho (costumam ser as maiores), segundo pela boa localização (sempre nos corredores mais próximos do plenário), e, terceiro, claro, pelo status.

O problema é que a fumaça sempre incomodou alguns vizinhos desses gabinetes estrelados, o que as más línguas diriam que é fruto de pura inveja. E, desde 2014 o Congresso exterminou oficialmente os fumódromos, então não deveria haver rolezinho de fumantes nas áreas internas da Casa.

A pedido de um grupo antitabagistas a Câmara está prestes a incluir plaquinhas de “não fume” nos tais jardins de inverno.