Direita, uni-vos! E ide ao Texas!
O estado sulista norte-americano pode estar a se tornar o paraíso da extrema-direita universal mais iracunda.
A Suprema Corte do país acaba de rejeitar ação que buscava anular lei texana que entrou em vigor na quarta (1º) e que não apenas torna o aborto ilegal, como permite que sejam processadas civilmente pessoas que de alguma forma tenham ajudado a mãe a prover a interrrupcão da gravidez.
Trata-se da legislação mais restritiva desde 1973. Pela lei, a gravidez é considerada a partir da existência de batimento cardíaco do feto (em geral já na sexta semana desde a última menstruação), e o rol de pessoas que ficam sujeitas a processo civil é extenso, incluindo até motoristas de Uber.
Outros estados americanos que mantêm proibições ao aborto consideram para aplicação da lei o feto já bem mais desenvolvido – a partir de 20 semanas, por exemplo.
Outra lei em consonância com os anseios da extrema-direita em boa parte do mundo também entrou em vigor no Texas nesta quarta (1º). Agora é permitido à maior parte das pessoas que tiver posse legal de armas exibi-las em público, na rua, mesmo sem treinamento de utilização desses artefatos.
O número de disparos com armas de fogo sem incluir suicídios cresceu 50% nestes primeiros meses de 2021 no Texas em comparação com o mesmo período de 2019, segundo dados do Gun Violence Archive (GVA) citados pela CNN gringa.