Uma ideia verde-oliva começa a ganhar força no palácio do Planalto. Por sugestão do general Walter Braga Netto, ministro da Defesa, o governo começou a especular sobre a possibilidade de que haja um plebiscito para que a população vote pelo… voto impresso.
Tudo dependerá, é claro, da força das manifestações de 7 de setembro. O apoio às pautas bolsonaristas, de impeachment de ministros do STF ao tal voto impresso auditável, embala os manifestantes que devem fazer barulho no próximo feriado da Independência.
Mas a implementação do voto impresso endossado por plebiscito dependeria do Congresso Nacional, contrário à ideia. Braga Netto pensou até nisso: disse que o placar foi apertado mesmo sem grande articulação do governo e que o corpo a corpo poderia mudar a situação.
Jogou a bomba para os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da secretaria de Governo, Flávia Arruda, que serão os responsáveis pelo convencimento dos deputados sobre a voz do povo ser a voz de Deus.
Curiosamente, um projeto da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), hoje bastante ativa na CPI da Covid-19, propôs que plebiscitos e referendos poderiam ser pedidos por iniciativa popular, alterando a legislação hoje em vigor. O projeto, de 2019, dormita na CCJ do Senado, aguardando distribuição.