
A segunda-feira começou com volatilidade nos mercados financeiros. O dólar registra alta expressiva em meio à expectativa de que o governo dos Estados Unidos anuncie novas tarifas de importação. O Ibovespa, principal índice da B3, opera em queda, refletindo a preocupação dos investidores com os impactos das medidas sobre a economia brasileira.
Mercado atento a medidas de Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve divulgar na próxima semana uma série de novas tarifas sobre produtos importados, o que tem causado apreensão no mercado. De acordo com a Bloomberg, o plano de Trump é aplicar taxas mais seletivas, atingindo setores específicos e buscando equilibrar o déficit comercial americano.
O Brasil está entre os principais exportadores de bens para os Estados Unidos, especialmente de produtos de alto valor agregado, como máquinas e aeronaves. O temor dos investidores é que tarifas mais rigorosas possam impactar essas exportações, reduzindo a entrada de divisas estrangeiras e afetando a atividade econômica.
Dólar sobe e Ibovespa recua
Por volta das 14h20, o dólar era negociado a R$ 5,73, com alta de 0,73%. A moeda americana segue valorizada diante da busca por ativos mais seguros, enquanto investidores aguardam mais detalhes sobre as medidas de Trump.
O Ibovespa, por outro lado, opera em queda de 0,88%, refletindo o pessimismo do mercado. Setores mais expostos às exportações, como indústrias metalúrgicas e de bens de capital, são os mais impactados.
Possíveis impactos na economia brasileira
Se confirmadas, as novas tarifas podem afetar diretamente o Brasil, reduzindo a competitividade das empresas nacionais nos EUA. Além disso, a expectativa é que o aumento dos custos de importação nos Estados Unidos provoque uma alta da inflação e reduza o consumo, o que também pode prejudicar a economia global.
Apesar das incertezas, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil não deve ser afetado de forma significativa, uma vez que os EUA têm superávit comercial com o país. No entanto, analistas alertam que setores estratégicos podem sofrer impactos caso as tarifas sejam aplicadas sem flexibilização.